The Last of Us Part 1: Review Completo!
Em 2022, vai fazer 9 anos desde o lançamento de The Last of Us. É justo falar que The Last of Us não foi apenas o maior sucesso da Naughty Dog em termos críticos e comerciais, mas também um dos maiores sucessos da Sony e do Playstation.
Desde então, tivemos uma remasterização do jogo para o PS4, uma continuação excepcional com The Last of Us Parte 2 em 2020, e agora, em 2022, The Last of Us retorna, com um remake do primeiro jogo, a Parte 1.
The Last of Us é um universo que tocou milhões de pessoas ao redor do mundo, e a jornada sofrida de Joel e Ellie marcou muita gente, mas é difícil não ter sentimentos divididos em relação a um remake de uma obra que tem uma versão tão recente, a remasterização excelente do PS4.
Para quem não conhece o jogo, entretanto, precisamos de uma rápida introdução.
Sumário
The Last of Us Part 1: História
Apesar dos sentimentos conflitantes em relação ao remake, a razão para The Last of Us ter tido impacto em tanta gente é evidente em suas cerca de 15 horas de duração, existe um talento e muito charme em como a Naughty Dog, nesse jogo pós-apocalíptico, conta a história de Joel e Ellie e em como eles formam o seu laço ao decorrer dessa jornada.
The Last of Us Parte 1 é um remake extremamente fiel à experiência original, e por isso, toda essa excelência continua presente aqui. Para quem nunca o jogou, não existem muitos segredos em suas mecânicas e funcionalidades, ele é um jogo de ação em mundo devastado por uma praga que resultou em um tipo peculiar de zumbis infectados por um fungo.
A história se passa 20 anos após o primeiro surto de infectados, que acabou com a civilização como a conhecemos. Joel, nosso protagonista, vive numa das zonas de quarentena após os eventos traumáticos no início do jogo.
A história gira em torno de sua relação com Ellie, uma garota de 14 anos, a única com imunidade para o vírus dos infectados, e a jornada de ambos para o outro lado do País.
Muito do que há para se falar sobre The Last of Us já foi dito, a junção fluída e impressionante de suas mecânicas à sua narrativa, como o jogo mostra a evolução do laço de Joel e Ellie, e como ele, aos poucos, começa a se importar com o mundo à sua volta novamente.
Tudo em The Last of Us é extremamente bem construído e, em momentos, muito emocionante. Essa análise, entretanto, não é sobre The Last of Us, o fenômeno de 2013, e sim sobre The Last of Us Parte 1, um remake que tem dificuldades em justificar sua existência. Não falamos isso com desdém ou ignorando os esforços da equipe responsável por essa versão do jogo.
The Last of Us Part 1 para PC
Os visuais de The Last of Us Part 1, que vai ser lançado para PS5 e já com uma versão de PC confirmada para o futuro, são, como é de se esperar da Naughty Dog, alguns dos visuais mais impressionantes já vistos em um videogame.
É até um pouco bizarro o quão acima eles estão de boa parte da indústria em coisas como animação e capturas faciais, as interações, diálogos e cutscenes de Parte 1 são um salto considerável em relação à versão remasterizada, adicionando camadas de detalhes que deixam ainda mais evidentes todas as nuances das emoções dos personagens de The Last of Us Parte 1.
Isso também é visível no mundo arruinado de The Last of Us Parte 1. Em todas as estações do ano presentes no jogo, e nos diversos ambientes que visitamos, nunca deixa de ser impressionante a quantidade de detalhes em que é apresentado em cada cantinho de tudo que está à sua volta. Universidades destruídas, apartamentos abandonados e toda a destruição presente na cidade grande, a beleza melancólica de The Last of Us se mostra ainda mais marcante nesse remake.
Tão importante quanto todo esse retrabalho visual é o quão longe a Naughty Dog vai em seus esforços com acessibilidade com um acervo excepcional de opções para ajudar muita gente com necessidades diferentes.
Isso também era algo importante de The Last of Us Part II e foi expandido aqui com opções como descrições auditivas para as cutscenes do jogo.
Agora que falamos da parte boa, é uma pena que essas opções de acessibilidade estejam, por enquanto, disponíveis na versão menos acessível do jogo, tanto por precificação como por ser lançado, inicialmente, apenas no PS5. E, além disso, não importa quão bem trabalhado sejam os visuais de Parte 1, é difícil defender um remake fundamentado nisso, e o visual da nova versão é, em suma, a maior e única grande mudança em relação ao jogo original.
The Last of Us Part 1: Jogabilidade
Apesar de existirem outras mudanças como transições mais fluídas da ação para cutscenes e vice-versa, melhorias na inteligência artificial e também na sensação de atirar e do combate através do retrabalho das animações e das funcionalidades do Dual Sense, jogando, o que parece é que The Last of Us Part 1 é praticamente idêntico ao jogo original.
Considerando a qualidade do jogo, isso não é um grande demérito, mas rejogando partes de The Last of Us Remastered recentemente, surge a questão: por que, então? É ainda mais estranho pensar nessa pergunta se você jogou também jogou a Parte 2 recentemente, visualmente, entre a Parte 2 e a Parte 1, não existem saltos tão perceptíveis, mas mecanicamente, a diferença é um tanto gritante.
A Naughty Dog evoluiu muito em como ela monta suas arenas de combate, os encontros com inimigos e em como ela dita o ritmo, alternando entre exploração e os tantos embates do jogo.
Mais que isso, adições como pulo e se arrastar no chão adicionam dimensões para as possibilidades que existem no combate e na exploração, tornando a Parte 2, um jogo absolutamente excepcional em todos os sentidos e evidenciando como a Parte 1 pode se tornar um pouco maçante por muitas das suas situações de combate serem um tanto similares, nas suas soluções e em seus inimigos, outra coisa frustrante é que The Last of Us Remastered ainda é uma excelente versão do jogo, disponível tanto no PS4 como no PS5. Essa frustração não existe, por exemplo, em outro remake recente de um dos clássicos da Sony: Demon Souls. Esse remake parecia muito mais necessário incontáveis problemas de performance no jogo original, um online que sequer existia atualmente e um jogo muito mais indisponível já que ele só saiu para Playstation 3.
Precisamos deixar claro não é por ele ser ruim, ele é, na verdade, como o original, um jogo excepcional, e se você nunca jogou The Last of Us, especialmente para quem joga só no PC, essa versão é uma forma incrível de experienciar um dos jogos mais marcantes das últimas gerações.
Conclusão do review de The Last of Us Part 1: vale a pena?
Mas é difícil não ficar um pouco triste, a Naughty Dog é um estúdio incrivelmente talentoso, queremos ver esse talento criando novos mundos, novos personagens e novas histórias que marcassem tanto como The Last of Us e sua continuação.
Existem argumentos para a existência do Remake se adaptar à um novo console, fazer uso desses talentos enquanto o próximo projeto está tomando forma, entre outros, obviamente não sabemos os pormenores de como o estúdio é organizado, mas no fim, mesmo gostando do Remake e do tempo gasto com ele, nos emocionando, novamente, com momentos chaves da história, havia um conflito constante pensando nas possibilidades: pensando se isso era realmente necessário, e se o tempo e esforço do estúdio não poderia ser utilizado de forma melhor.
Se você nunca jogou The Last of Us, a Parte 1 é uma ótima pedida, mas se você já jogou e “rejogou” os clássicos da Naughty Dog, é difícil dizer que a Parte 1 vai te impressionar
Prós e Contras de The Last of Us Part 1
PRÓS | CONTRAS |
---|---|
Visuais | Precisava de um remake? |
História | Poucas mudanças na mecânica |
Acessibilidade |
Perguntas frequentes sobre The Last of Us Part 1
Quantos anos tem Ellie em The Last of Us 1?
No primeiro jogo, The Last of Us (2013), Joel Miller tem a tarefa de escoltar Ellie, de 14 anos, pelos Estados Unidos pós-apocalípticos na tentativa de criar uma cura para uma infecção à qual Ellie é imune.
Quais são os capítulos The Last of Us 1?
The Last of Us Part I têm 12 capítulos
Qual é melhor The Last of Us 1 ou 2?
O The Last of Us Part I tem a melhor história geral, mas a parte 2 tem uma jogabilidade melhor e mais divertida, então eles se igualam.