Horizon Forbidden West Review Completo!
Em 2017 a Guerilla Games lança o Horizon: Zero Dawn que iria marcar a geração de consoles da marca, e agora em 2022 ela repete a façanha com essa a continuação em Horizon: Forbidden West, que será lançado para PS4 e PS5, A jornada da heroína Aloy em um mundo que é dominado pelas máquinas e pela natureza é o primeiro clássico do PS5. O jogo evolui de forma maravilhosa tudo o que tornou o primeiro jogo inesquecível.
Mesmo sendo inesquecível o jogo Horizon: Zero Dawn tinha vários problemas e oscilava entre exuberância e desajeitado, no combate, em suas set pieces, em personagens. Seus pontos fortes eram muito maiores que os pontos fracos, mas essa oscilação era clara.
Entretanto, é difícil discordar que, em sua essência, Zero Dawn criou um universo absolutamente fascinante e uma narrativa envolvente, onde a soma de todos os elementos se sobressai sobre qualquer um desses problemas individuais.
É por isso que Aloy e esse mundo marcaram tantas pessoas. É impressionante como Horizon Forbidden West não apenas soluciona boa parte deles, como transforma algumas dessas fraquezas em suas maiores qualidades em uma continuação extremamente ambiciosa e excepcional em todos os sentidos.
Sumário
História do Horizon Forbidden West
Em sua introdução, Aloy está procurando pela última pista para uma maneira de resolver os problemas que afetam a biosfera do mundo, destruindo plantações, causando tempestades e levando a humanidade em velocidade acelerada à completa extinção. Aqui, temos vislumbres de muitas das melhorias significativas e importantes que tornam o jogo em algo tão agradável: sua interface, as possibilidades de movimentação da personagem, seu combate, suas cenas, é evidente, já no início, o salto de qualidade em todos os aspectos, macro e micro, em Horizon Forbidden West.
É nessa introdução, também, que descobrimos, ao lado de Varl, um dos muitos companheiros constantemente presentes em nossa jornada, que a maneira de resolver os problemas do mundo à nossa volta se encontra no místico West Forbidden, referenciado de forma enigmática e perigosa no primeiro jogo, é quando chegamos lá que Forbidden West começa a tomar forma, a mostrar o escopo de suas ambições, a realização brilhante de cada uma delas.
Ambição define bem a nova jornada de Aloy. Horizon Forbidden West é uma continuação impressionante não só por essa ambição, mas por como essa ambição está alinhada com os fundamentos que tornaram o original tão bom e também as partes em que ele deixava a desejar.
No West Forbidden, Aloy precisa aprender mais sobre as tribos Tenakh, que reinam essa terra distante e sua guerra civil interna contra a facção rebelde de Regalla, uma das antagonistas de Forbidden West.
Mecânica de jogo
No processo, o jogo de mundo aberto da Guerrila Games introduz uma quantidade enorme de mecânicas, personagens, atividades e objetivos opcionais, criaturas inimigas e muito, muito mais.
Algumas dessas novas mecânicas são essenciais para resolver problemas que havia no primeiro jogo: era estranho, por exemplo, como Aloy, uma caçadora extremamente habilidosa, só podia escalar em pouquíssimos lugares pré-definidos, enquanto em Forbidden West, fica claro como muitas das montanhas, estruturas e tantos lugares que você vai visitar permitem uma exploração muito mais livre.
Aqui é possível escalar muito mais tipos de superfície, especialmente em conjunto com itens como o gancho e a habilidade de planar pelo cenário. Isso é condizente com quão maior, mais expansivo e mais repleto de possibilidades o West Forbidden é.
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O mundo que a Guerrila Games criou nessa continuação é repleto de variedade em seus biomas e localizações, florestas, desertos, montanhas, ilhas tropicais, diferentes vilas das Tribos Tenakh, ruínas submersas debaixo d’água, mas o mais interessante é a forma como você interage com tudo isso.
Enquanto em Zero Dawn, o mundo era um tanto estático, em Forbidden West, existe uma certa magia e mistério através das possibilidades de exploração, porque você nunca tem certeza do que exatamente você vai descobrir cada vez que sair para explorar.
A variedade dos biomas, das atividades, dos inimigos e a quantidade de objetivos opcionais e side quests, junto das novas ferramentas de combate e exploração, como o gancho que serve tanto para movimentação como para abrir novos caminhos, puxar caixas e resolver quebra-cabeças, tudo isso colabora com esse mistério e imprevisibilidade que está sempre presente. Essa variedade de localizações e a diversidade das mecânicas do jogo transforma cada local em uma pequena caixa de surpresas.
Essas surpresas e objetivos opcionais são inseridos de forma orgânica e casam bem com os objetivos principais da jornada de Aloy, uma jornada repleta de momentos e reviravoltas surpreendentes, e por isso que Forbidden West o incentiva a realizar todos eles de forma tão natural, porque sempre existe uma história sendo contada, em paralelo, em cada um desses lugares uma história que complementa a trama principal que adiciona a ela, e não parece simplesmente algo desconexo das urgências do mundo à sua volta.
Acreditamos que é aqui que muitos jogos de mundo aberto perdem a mão, ao adicionar mais para se fazer em seu mundo, mas não contextualizar essas adições de forma interessante, e Forbidden West acerta nisso como poucos dos seus contemporâneos conseguem. Muitas das atividades do primeiro jogo voltaram.
Missões do Horizon Forbidden West
Por exemplo, subir no topo do pescoção para liberar partes enevoadas do mapa. A diferença, aqui, é a forma e os obstáculos que envolvem chegar até esse objetivo final. No caso de cada pescoção, esse contexto vem através de criatividade nas mecânicas e nas situações em que eles se encontram: um deles pode estar parcialmente submerso e com baterias faltando, então você precisa coletar as baterias, consertar a máquina gigantesca pra então, no meio do oceano, descobrir como chegar ao topo. Outro vai estar rodeando um acampamento abandonado, no topo de grandes árvores, dominado por máquinas hostis.
Novamente, você precisa entender como chegar ao topo. Esse tipo de contextualização vai te instigar a tentar completar tudo, mas mesmo depois de 50 horas, e de finalizar o jogo ainda faltam muitas atividades e objetivos para serem feitos, e você irá querer completar tudo, porque essa criatividade narrativa e mecânica, até então, se encontra presente em quase todas as atividades opcionais que existem em Horizon Forbidden West corridas, ruínas da antiga humanidade, cada pescoção, caldeirões, a arena, acampamentos rebeldes e as side quests em si, e a parte RPG eleva tudo isso a um novo patamar.
Enquanto Horizon: Zero Dawn faz você se apaixonar pelo seu mundo, Forbidden West te faz se apaixonar por todos os seus personagens.
Personagens Horizon Forbidden West
Para nós, o maior potencial desperdiçado de Horizon: Zero Dawn se encontrava no subaproveitamento do seu elenco e das suas side quests.
No elenco, Forbidden West transforma muitos dos personagens relevantes, mas apagados do primeiro jogo de forma significativa, Varl é, agora, um personagem adorável e uma amizade imprescindível para Aloy. Erend, com seu jeito desengonçado e grosseiro, apresenta um companheirismo constante para a protagonista, muitas vezes reclusa. E as novas adições, como Zo, parte de uma nova tribo conhecida como Utaru é uma das melhores personagens dos dois jogos. Kotallo e Alva são carismáticos e crescem de forma surpreendente no jogo.
O elenco agora não se resume a Aloy e Sylens, e sim a todos os personagens essenciais na vida e no objetivo da protagonista, porque todos eles recebem muito mais tempo de tela.
Isso se estende para as side quests. Você viaja pelo Oeste Proibido e constantemente ajuda as Tribos e pessoas necessitadas, conhecendo, no processo, um elenco grande e diverso de pessoas com suas particularidades, necessidades e cheias de momentos memoráveis.
É impressionante o salto nos valores de produção, na qualidade de todas essas apresentações, sejam nas cut scenes ou nos objetivos que muitos desses personagens te dão, é impressionante quão reativo o mundo de Horizon Forbidden West é aos seus feitos, moldando os lugares que você visita de forma significativa dependo dos objetivos que você completar e alterando a forma que personagens podem falar ou agir com você antes mesmo de você os conhecer, dependendo dos seus feitos.
Horizon Forbidden West impressiona constantemente, porque ele é massivo e ambicioso, mas, ao mesmo tempo, ele nunca deixa de ser intimista, repleto de pequenos momentos que fazem você e Aloy criar conexões com esse elenco, se importar com esse mundo, com o que está acontecendo à sua volta. E é por isso que você irá querer completar este jogo e alcançar todos esses objetivos opcionais.
Horizon Forbidden West tem muitas emoções que uma boa história faz você sentir tristeza, raiva, alegria, animação e até mesmo chorar em um certos momentos. E claro, a adrenalina de seus combates contra as máquinas também está incluída nessa equação.
Comabates no Horizon Forbidden West
O combate de Horizon Forbidden West é outro aspecto que resolve muitos dos problemas com o original, você não pode simplesmente apelar pra rolagem constante já que a Aloy cansa por um pequeno período após a terceira rolagem, e as máquinas estão ainda mais ameaçadoras, inteligentes e numerosas que no original.
A variedade de inimigos aqui é imensa, desde cobras gigantescas de metal até grandes mamutes que ameaçam te pisotear. Outras máquinas representam coisas como cangurus, ursos e muito mais.
A interface ajuda você a entender melhor o ponto fraco de cada uma, os elementos visuais e fraquezas relacionadas aos tipos de munição e armamentos estão mais claros e evidentes, e o arsenal expandido te dá as ferramentas para lidar com as situações de formas criativas e sempre divertidas, com aquele aspecto tático de uma caçadora quase sempre presente.
O combate corpo a corpo também foi consideravelmente melhorado, com a inclusão de combos e uma árvore de habilidades enorme pra expandir as habilidades de pancadaria de Aloy, assim como os confrontos contra humanos, que são mais variados em suas habilidades e nas formas que tentam te derrotar, mas boa parte dos chefes humanos que você enfrenta não chegam nem perto da diversão e dos momentos que as máquinas proporcionam. É praticamente a única falha do jogo.
Nenhum chefe humano causa a mesma sensação que acertar uma flecha explosiva certeira no ponto fraco de uma máquina com quase 10 vezes o seu tamanho.
Conclusão do review de Horizon Forbidden West: vale a pena?
Jogos do tamanho e escopo de Horizon Forbidden West não são fáceis de se fazer continuações, é por isso que o jogo impressiona tanto. Fica claro que a equipe da Guerrilla Games tinha profundo entendimento das falhas que haviam no Zero Dawn, de como solucioná-los e como evoluir o Horizon para um clássico dos jogos de um do aberto.
Ele é um jogo que sabe misturar ação e aventura com RPG, que sabe criar ritmo mesmo em um mapa tão extenso, nas suas doses de combate e exploração. Essa dosagem inteligente com tantas possibilidades, é impressionante que isso não o tenha tornado cansativo.
Suas vistas são impactantes, a variedade de seus biomas e a forma que eles se mesclam entre si é excepcional, simplesmente caminhar ou mergulhar nesse mundo vai fazer você pausar com frequência para apenas olhar a beleza a sua volta.
Horizon Forbidden West tem muita coisa interessante, coisas que não comentamos nessa análise porque achamos que o ideal é vocês terem essa experiência. Não citamos a, base de comandos que Aloy e seus amigos vão ter, por exemplo. E isso é apenas uma de muitas, muitas surpresas no caminho até o fim dessa jornada.
Com Horizon Forbidden West a Guerrila Games não fez apenas um dos melhores jogos de 2022, mas também, um dos jogos de mundo aberto mais incríveis de se jogar.
Esperamos que vocês tenham gostado dessa análise, e que se encantem com o mundo de Horizon Forbidden West.
Prós e Contras de Horizon Forbidden West
PRÓS | CONTRAS |
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Mundo | Chefes humanos |
Combate | |
Visual e música | |
História |
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