Stray; vale a pena jogar. Confira o Review.

Stray: vale a pena jogar? Confira o Review!

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Créditos da imagem: Playstation Games

Stray é um jogo com o gatinho perdido mais fofo que você verá, e para quem não sabe, gatos são criaturas muito fofas e cheias de mistérios. Eles são carinhosos e brincalhões, e assim como a maioria de nós eles amam uma soneca. Não é à toa que todo mundo ama gatos.

Bem nem todo mundo, mas muita gente. É por isso que Stray, desenvolvido pelo time independente e francês Blue Twelve Studio e publicado pela Annapurna Interactive, chamou a atenção de tanta gente em seu anúncio original, e criou tanta expectativa pro seu lançamento para PC, PS4 e PS5, inclusive dentro do time extra da PS Plus. 

É algo bastante incomum ver um jogo inteiro protagonizado por esses felinos, e é menos comum ainda ver um onde um gatinho se encontra em uma situação e em um lugar tão fascinantes. É difícil a mistura de um gato, uma cidade futurista, robôs e outras coisas esquisitas em um game de aventura tão excitante em sua estética não chamar a atenção.

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Depois de todo o tempo em desenvolvimento, e depois de todas as expectativas, ficamos felizes em vir aqui pra falar pra vocês que assim como seu protagonista felino, Stray é um jogo absolutamente maravilhoso.

História do jogo Stray

Stray começa como muitas das maiores aventuras que já conhecemos: logo após aquele cochilo. 

Quando acorda, você sai para dar um role com a turma e nosso protagonista, que vou chamar de “Thomas” acaba ficando por último em um pulo arriscado e o resultado…

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É assim que nosso gatinho Thomas acaba nessa cidade lá no fim do mundo, toda iluminada por neon. E o seu objetivo é simples: sair desse lugar. Apesar de parecer simples, nós vamos descobrir durante essa jornada que não vai ser um objetivo tão fácil, já que essa cidade está isolada do resto do mundo. 

Como funciona o jogo Stray?

Talvez por vídeos e descrições não era tão claro de entender como Stray funcionava, afinal, não existem muitas referências para comparação, mas Stray é, basicamente, um jogo de aventura 3D que a todo tempo apresenta novas mecânicas, desafios, personagens e situações interessantes para o jogador, tudo na perspectiva desse felino perspicaz e aventureiro.

Na prática, isso quer dizer que ele é um jogo repleto de exploração, mas a exploração é feita de uma forma um pouco diferente, já que você é um gato. Ele é um jogo com muita verticalidade, mas ele não é, exatamente, um jogo de plataforma, visto que os pulos do gato são feitos de forma automática com o apertar de um botão com as muitas superfícies, placas, canos e dezenas de outros objetos que um gato pode alcançar. 

Gatos são criaturas acrobáticas, afinal bom, muitos deles são, então, de acordo com os desenvolvedores, não faria muito sentido tentar replicar suas habilidades em um jogo de plataforma mais tradicional.

Existe alguma dificuldade então em traçar as suas rotas, bem como chegar até onde você quer, em vez da dificuldade do ato de pular em si. 

Como o jogo começa?

O jogo Stray começa depois do nosso gato lamber seus machucados que acabou fazendo durante a queda, ele começa a explorar esse lugar que parece abandonado e um tanto triste.  

É um lugar que parece esquecido pelo mundo, mas que, ao mesmo tempo, aparenta, uma vez, ter sido repleto de vida. De acordo com a Blue Twelve, a cidade isolada de Stray foi inspirada na cidade murada de Kowloon, que foi considerada a área de maior densidade demográfica de toda a história da Terra, antes de ser demolida no início dos anos 90.

E ao progredir, fica claro que essa foi uma de uma mescla de inspirações que deram vida ao mundo diverso e fantástico de Stray – desde as dezenas de placas e luzes neon que iluminam as ruas escuras e úmidas a lá Blade Runner até um mundo com tons de Ghibli, mesmo que talvez não intencionalmente, devido ao quão fácil é acreditar que o mundo de Stray de fato poderia existir. 

Essa sensação de um mundo vivido é essencial em um jogo que não se apoia, necessariamente, em mecânicas precisas ou um combate bem elaborado, porque é daí que vem a nossa vontade de explorar tudo que está à nossa volta. 

É graças a essa construção minuciosa do ambiente que existem tantas possibilidades de exploração e rotas para nosso gatinho carismático, é por isso que é tão divertido solucionar essas rotas e os quebra-cabeças do jogo, e é também, nesse esforço em criar esse mundo, que Stray cria um elenco tão interessante – sim, o gatinho é o nosso protagonista, mas tão importante quanto ele, são as memórias do mundo à sua volta, a cidade em si, e também, os robôs que vamos conhecer.

Robôs no Stray?

O mais importante deles é, com certeza, o B12, o pequeno robozinho que vai acompanhar nosso felino em sua jornada tentando sair dessa cidade. Enquanto o gatinho tem as habilidades acrobáticas para viajar pela cidade, e também as habilidades de arranhar todas as superfícies que ele conseguir, o B12 vai servir para traduzir a linguagem estranha dos robôs, interagir com a tecnologia desse mundo, guardar itens que você pode usar, iluminar lugares escuros e até mesmo, em certo ponto do jogo, te ajudar com habilidades simples de combate.

Eles se complementam, e é nessa variedade de mecânicas e habilidades de ambos que você vai explorar cada cantinho desse mundo fascinante.  B-12 está tentando lembrar do seu propósito, e o felino, tentando sair da cidade. Conforme você progride.

Stray apresenta uma diversidade abundante de cenários, personagens e situações para vocês superarem. Em momentos, a trajetória é linear e às vezes lembra uma set-piece de ação, como aquela em que você precisa fugir dos Zurks, criaturas que habitam esse lugar e devoram tudo que está em seu caminho – inclusive, metal, e por isso os robôs têm medo deles. 

Em outra, você está em um pequeno vilarejo das máquinas, um lugar mais aberto, interagindo, dialogando, tentando descobrir mais sobre essa sociedade – com o B-12 traduzindo tudo pra você – e entendendo mais das dificuldades pelas quais os robôs passam e como você pode os ajudar, e ser ajudado por eles.

Você também vai se esgueirar para desviar do olhar de máquinas perigosas, enfrentar os Zurks frente a frente, deitar ao lado de um robô que toca violão e tirar um cochilo escutando uma musiquinha e muitas outras coisas.

O mundo de Stray para explorar

O mundo de Stray é tão interessante de se explorar porque ele sabe usar o ritmo sempre a seu favor, descartando mecânicas quando elas começam a se tornar cansativas e introduzindo novas situações que te pegam desprevenido. Ele sabe alternar entre os momentos em sua narrativa, com os sentimentos certos nos lugares certos ele sabe dosar a quantidade de diálogos dos robôs, concisos e sempre interessantes e mais que tudo, ele sabe fazer você se importar.

Existem diversas razões pra isso. Uma das principais é que ele sabe quais perguntas responder e quais não responder e ele sabe em que ritmo fazer isso. 

Conforme você progride com B-12, muitas das suas memórias voltam, algumas você literalmente coleta explorando, e com elas, o personagem que é essa cidade vai sendo construído, com o personagem que é o B-12. Aos poucos, você entende, em partes, como tudo chegou nesse ponto e o que você não entende, tá tudo bem, porque é o tipo de coisa que é mais legal de ficar em sua imaginação e que instiga ainda mais sua curiosidade como um explorador com tanto potencial como um gatinho.

Mas são mais coisas, também, detalhes, alguns pequenos, alguns maiores, mas todos os essenciais: a expressividade  das animações e movimentos dos robôs, da mudança em suas telas para demonstrar sentimento, todos os pequenos maneirismos do gatinho, o uso de cores fantástico em tudo  ao seu redor, o alfabeto próprio que compõem os letreiros, placas, cartazes e mais dessa cidade semiabandonada, a diferença visual entre cada distrito e como eles são vibrantes, tanto os  vividos e habitados como os dominados pelos Zurks

Conclusão: Stray vale a pena?

Um mundo que em cada cantinho, em cada apartamento, em cada robô em sua rotina diária é repleto de coração Stray não é longo, mas isso é uma coisa boa, porque o ritmo dele é excepcional e ele nunca se torna cansativo. 

A maior  tristeza, talvez, é que nós gostaríamos de ter   passado um pouco mais de tempo com alguns  dos personagens introduzidos nessa jornada,   mas esse é o tipo de jogo que, para nós, foi uma experiência praticamente  sem defeitos.

É o tipo de jogo que ficamos tristes de ter terminado,  enquanto, ao mesmo tempo, reconhecemos ser o melhor momento para o jogo chegar ao fim. 

Stray, então, assim como gatinhos, é maravilhoso!

5/5 - (1 vote)

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