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God of War Ragnarok: vale a pena jogar? Veja o Review completo

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O fim de todas as eras se aproxima e enquanto Kratos relembra, em frente a uma fogueira durante o inverno nórdico que precede o Ragnarok – a grande guerra que vai destruir todos os reinos – pode-se perceber como as suas decisões e atitudes do passado ainda pesam sobre os ombros do personagem.

Em 2018, a Sony Santa Monica teve uma atitude precisa ao reinventar a franquia God of War, as lembranças de um passado sangrento e cheio de decisões erradas assombram a vida de Kratos e ditam a sua relação com um personagem essencial dessa nova visão de God of War: seu filho Atreus.

God of War Ragnarok, a continuação do grande sucesso de 2018, não são apenas essas decisões que pesam na mente do protagonista, mas, também, o futuro. O que vem junto com  o Ragnarok? O que acontece após o fim? 

A preocupação de Kratos com o futuro de seu filho Atreus é natural, mas aqui, existe também a visão de um Atreus mais velho e experiente e que também se preocupa com o destino do seu pai. O destino e a família são dois temas que movem a trama de God of War, assim como da mitologia nórdica.

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Assim como Kratos, a própria Sony Santa Monica devia sentir o pesar das enormes expectativas dos fãs após o sucesso absoluto de God of War em 2018. Em sua conclusão, o primeiro jogo deixou muitas questões sem respostas e Ragnarok, supostamente, iria responder todas elas. 

E, sim! O jogo consegue finalizar a saga de uma forma surpreendente! Podemos afirmar que após mais de 40 horas passando pelos 9 reinos o final é excepcional. Mas vamos ao Ragnarok. 

História de God of War Ragnarok

God of War Ragnarok, de certa forma, o início na fogueira é uma calmaria antes da tempestade – mas isso é breve, já que God of War Ragnarok não perde tempo em sua introdução de personagens-chave que não deram as caras no primeiro jogo, como Odin e Thor, por exemplo. 

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Mas mesmo antes de nos aprofundarmos, nós vamos evitar spoilers, ok?! God of War Ragnarok vai ser familiar para os fãs da reinvenção de 2018, isso é porque ele é uma continuação que constrói em cima dos excelentes pilares do primeiro ato da jornada de Kratos e Atreus nos mundos da mitologia nórdica. 

Já em seu início, fica claro novamente o trabalho minucioso na câmera sem cortes, na atuação dos personagens, em seus visuais, animações e claro, no seu combate. 

A Sony Santa Mônica não inova e não faz mudanças radicais porque o jogo não precisa. A fórmula definida em 2018 ainda tinha muito potencial, e Ragnarok escancara isso com todas suas melhorias e adições a essa estrutura. 

Algumas dessas adições mostram a preocupação da Sony Santa Monica com um dos maiores pontos fracos do primeiro jogo: sua falta de variedade em chefes e inimigos, Ragnarok tem mais variedade de inimigos e chefes em suas primeiras horas do que o primeiro jogo inteiro.

Essa variedade permeia toda a duração dessa jornada, e não apenas no aspecto combate, mas nos mundos que você visita, nos objetivos opcionais, no elenco de Ragnarok e nas pequenas histórias espalhadas pelos nove reinos.

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Combates e inimigos

Podemos falar no assunto de combate e em relação à variedade de inimigos para mostrar como Ragnarok entende não apenas as maiores qualidades do seu predecessor, mas também suas maiores fraquezas e é por isso que essa é uma continuação tão excepcional em todos os sentidos. Essa, talvez, vai ser uma análise mais adjetivada que o comum, porque Ragnarok é o tipo de jogo que merece muitos elogios. 

Nele, iremos visitar todos os reinos, alguns nunca vistos, como o reino dos anões, Svartalfheim, e outros, vistos sob uma nova perspectiva, como Alfheim, o reino dos elfos. Esse vai e vem pelos diferentes reinos e locais da mitologia nórdica são em busca de soluções para o inevitável e cada vez mais próximo Ragnarok, mas também uma busca por respostas de Atreus sobre seu propósito e sobre quem ele é. 

Personagens no God of War Ragnarok

Se em 2018, já era fácil afirmar que os personagens e a narrativa de God of War eram um dos seus grandes trunfos, em Ragnarok isso fica ainda mais óbvio. Ele não é perfeito nisso, pois alguns dos novos personagens não ganham o tempo de dela e o desenvolvimento que deveriam, como Angrboda, uma das melhores adições à franquia, e ele certamente derrapa, de vez em quando, no ritmo em que avança a história e em seus diversos objetivos opcionais, mas observando o todo, God of War Ragnarok acerta muito e por isso seus pequenos deslizes são fáceis de serem relevados. 

Ele é um jogo sobre família, e, nesse sentido, ele  lembra um pouco do Hades, o grande sucesso recente da Supergiant Games faz. Não em seu tom ou na forma que seus personagens são desenvolvidos, mas em apresentar os muitos mitos da mitologia nórdica e tornar suas grandiosidades em dinâmicas e problemas familiares, e o jogo faz isso de forma absolutamente brilhante porque seus personagens, diálogos e momentos narrativos vendem todo esses casos de família muito bem. 

Isso está presente na família disfuncional asgardiana, através de Odin, Thor e outros personagens que você conhece, na família escolhida, por assim dizer, dos nossos protagonistas, personagens como Mimir, Sindri, Brok e mais, e principalmente na evolução dos laços de Kratos e Atreus. 

E isso não é apresentado apenas durante a história principal, que tem momentos emocionantes, mas também em muitas das áreas e objetivos opcionais do jogo, não deixe de explorar essas áreas! 

Não só pelos devaneios de Mimir, a cabeça mais carismática dos videogames, mas por construção de mundo e personagem. Você aprende mais sobre Kratos, Atreus e Mimir viajando pelos nove reinos e realizando muitos dos favores e objetivos bem realizados e diversos que são requisitados de você, mesmo que não sejam obrigatórios. 

Customizações

God of War Ragnarok faz tudo isso com fluidez, mesmo com alguns deslizes no ritmo. Ele alterna entre cenas de combate e lutas de chefe que impressionam em seus visuais e na grandiosidade das batalhas, entre quebra-cabeças que necessitam de suas habilidades e armas para progressão e em suas dezenas de cenas narrativas que apresentam mais de uma história que gradualmente vai desenrolando os fios emaranhados de suas profecias, destino e famílias.

Em meio a tudo isso, entretanto, é difícil não ficar novamente insatisfeito com seus sistemas de crafting um tanto desnecessários, que pouco acrescentam ao jogo, fora interrupções frustrantes em seu ritmo para progredir por menus confusos e melhorar quaisquer que sejam suas armaduras e outros itens de escolha. 

É necessário um nível de customização em relação às suas habilidades de combate e no visual de Kratos, mas a forma que isso é apresentado visualmente em sua interface e a quantidade de opções que pouco mudam o combate no momento a momento trazem um pouco de frustração em como a Sony Santa Monica acertou em cheio em boa parte das melhorias e mudanças de Ragnarok, para continuar com os mesmos problemas nessa área em relação ao primeiro jogo. 

Mas isso não tira o esplendor de God of War Ragnarok, ainda temos muitas surpresas e mudanças que não foram mencionadas aqui para não estragar a experiência que queremos que tenha ao jogar.

Vale a pena jogar God of War Ragnarok?

Após 40 horas, mesmo que ele seja seguro em seguir uma estrutura de sucesso, ele consegue, sim, te surpreender. E o mais fascinante em Ragnarok é a direção que a Sony Santa Monica tomou com seus personagens e com o mundo ao seu redor e a sua interpretação particular e diferenciada dos tantos mitos encontrados na mitologia nórdica. 

A forma que eles concluem a grande saga do Ragnarok é definitivamente surpreendente, porque é o tipo de final que deixa os jogadores animados para as ideias que podem surgir do estúdio para o próximo passo da franquia God of War. 

God of War Ragnarok é um jogo grandioso e provavelmente um dos melhores exclusivos já feitos pelos estúdios internos da Sony pela plataforma Playstation. Bom de jogar e viciante!! 

PRÓSCONTRAS
VisuaisSistema de crafting
CombateInterface dos menus
Personagens
Narrativa

Trailer God Of War Ragnarök

Perguntas frequentes:

5/5 - (1 vote)

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